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Paratletas marigaenses brilham e fazem história nos jogos Parapan-Americanos

Jogos Parapan-Americanos 2019 - Peru

Paratletas marigaenses brilham e fazem história nos jogos Parapan-Americanos

27 de agosto de 2019 ás 18:30 - Em Jogos Parapan-Americanos 2019 - Peru

A judoca Meg Rodrigues e as gêmeas da natação Débora e Beatriz Carneiro conquistam medalhas de ouro, prata e bronze na competição


A judoca Meg Rodrigues de 32 anos fez história no último domingo (25) conquistando a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos em Lima, no Peru. A brasileira venceu na final a americana Katie Davis com um ippon na categoria até 70kg B3 e ficou com o lugar mais alto do pódio. O fato curioso foi que nos confrontos anteriores, contra a também brasileira Rebeca Silva e a venezuelana Danitza Sanabria, Meg teve a mesma estratégia para vencer, aplicando o “golpe perfeito”, como é conhecido o ippon no judô.

Perguntada como iniciou a sua trajetória no esporte, Meg, que é parceira e paciente da Clinisport Prime, diz que a cidade de Maringá foi importante para que pudesse conhecer a modalidade. “Eu conheci o judô aos 15 anos quando mudei para Maringá com a minha família. E na busca de qualidade de vida, procurei um esporte, fiz uma aula experimental e me apaixonei”, diz a atleta.

Mesmo sendo uma integrante da seleção brasileira de judô paralímpico, Meg, que possui limitação visual, diz que possui uma vida rotineira como de qualquer outra pessoa, e busca saber mesclar o compromisso esportivo com a família e outros deveres. “Sou casada, mãe de um lindo menino de três anos, trabalho em um banco e treino geralmente nos meus horários livres, sempre tentando saber adaptar todos os compromissos que eu tenho”, detalha.

Por fim, Meg enaltece como a inserção do esporte no dia a dia das pessoas pode fazer delas mais felizes e prazerosas com a vida. “O judô é uma filosofia de vida e nele encontro vários princípios que serão utilizados por toda minha vivência como atleta. No judô encontro amizade, respeito, fortalecimento do corpo e principalmente de espírito. É algo imprescindível pra mim”, finaliza a judoca.

Do tatame para as piscinas, as nadadoras gêmeas que também são pacientes do centro de reabilitação, Débora e Beatriz Carneiro fizeram uma dobradinha nos 100m peito SB14 no último final de semana nos Jogos Parapan-Americanos que ocorre em Lima, no Peru. O feito das irmãs de 20 anos foi concretizado após os tempos de 1min16s33 e 1min17s11, respectivamente. Após a primeira conquista a Beatriz não parou por ai e nesta segunda-feira (26) garantiu a medalha de bronze nos 200m livre. Paratletas da natação maringaense, as irmãs possuem deficiência intelectual e relatam que o processo de amadurecimento como pessoa foi crucial para que os êxitos aparecessem em suas carreiras.

Medalhista de ouro, Débora diz que para poder ter condições de representar bem o país, a evolução contou com muito esforço e empenho, especialmente nos momentos difíceis. “Em 2016 foi um ano muito complicado pra mim, porque na época da seletiva acabei tendo apendicite e fiquei de fora dos Jogos do Rio. Em contra partida, minha irmã conseguiu ir, fiquei muito feliz, pois era algo que ela almejava demais. Com um mês parada, eu ganhei alguns quilos e quando voltei a treinar, seis meses depois, percebi que estava longe dos meus rendimentos ideais. Somente com o tempo e ajuda da estrutura da Clinisport , seus profissionais e meu treinador consegui retomar o meu modo competitivo”, desabafa a nadadora.

Já Beatriz, medalhista de prata que fechou a conquista brasileira nas águas de Lima, fala da sensação de estar participando e representando o país numa competição desse porte. “Tinha participado dos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016 e do Mundial de 2017, mas a sensação de estar defendendo as cores do Brasil e do Paraná no Parapan é indescritível. Foi difícil, dolorido, mas consegui chegar aonde cheguei e isso não tem preço”, descreve a paratleta.

Para Kléber Barbão, proprietário da Clinisport Prime, a importância de receber paratletas desse nível e da satisfação em acompanhar as conquistas das parceiras e clientes do instituto é gratificante. “É muito satisfatório abrir as portas e receber paratletas de tamanha capacidade, isso só mostra o caminho correto que estamos percorrendo. Tanto a Meg, quanto as gêmeas são pessoas dedicadas e sabem o real significado da palavra ‘atleta’. A personalidade e perseverança delas só fazem jus aos resultados que vêm conquistando”, finaliza.

Lembrando que o Parapan-Americanos está na sua primeira semana e se encerra no próximo domingo, dia 1 de setembro.